quarta-feira, 9 de maio de 2018

Transcripto: Manuel dos Santos Pedroso


"Manuel dos Santos Pedroso, pai do Conquistador das Missões, nasceu em 1738, na vila de N. S. da Luz de Curitiba, sendo filho legítimo de Miguel Luís Correia e de sua mulher Maria Alves Pedroso 35 ). Muito moço, ainda, como grande número de curitibanos de seu tempo, transferiu-se para o Rio Grande, em cujas campanhas, como tropeiro, exerceu a sua actividade. Percorrendo esse vasto território, adquiriu grande conhecimento prático do Continente, sendo, por este motivo, quando da Demarcação do Tratado de Santo Ildefonso, em 1783, designado com o posto de alferes de milícias, juntamente com Bernardo Antunes Maciel, para o lugar de prático, ou vaqueano, da 1' divisão demarcadora de que era comissário o Brigadeiro Sebastião Xavier da Veiga Cabral da Câmara.

Manuel dos Santos, que acompanhou toda a campanha da Demarcação, iniciada em 5 de Fevereiro de 1784, junto ao arroio Chuí, fez parte da 1- Partida que, sob a direcção do Dr. José de Saldanha, ficou incumbida de «reconhecer a linha divisória desde Monte Grande até à entrada do rio Peperi-guaçú, no Uruguai». 36) 
Determinado pelos demarcadores de 1750, depois de exaustiva controvérsia, que deu lugar a dúvidas sobre sua localização exacta, foi o Peperi-guaçú descoberto e localizado por Manuel dos Santos Pedroso, que prestou com isto relevante serviço à Demarcação, por ser esse o limite, no rio Uruguai, entre as possessões portuguesas e espanholas, de acordo com o artigo oitavo do respectivo Tratado.

Terminada a Demarcação, pelos serviços relevantes que prestara, foi-lhe concedida uma sesmaria de terras, no distrito do Acampamento de Santa Maria da Boca do Monte, erguido em 1787.

Nessas terras teve Manuel dos Santos uma estância grandemente povoada de gado, tornando-se um dos estancieiros mais ricos da região. Faleceu em 18 de Maio de 1798, com 60 anos de idade, deixando testamento transcrito no livro citado. Diz, nesse testamento, ser solteiro, mas que deixava «por herdeiros os três rapazes António, Manuel e Salvador, filhos de uma mulher por nome Isabel Maria, aos quais se deve entregar o que ficar, depois de cumprido o testamento; os constitui por herdeiros por haver criado em sua casa, e eles o terem acompanhado e feito as suas vontades. 37) Como se vê, não os reconhecia por filhos; mas, nos diversos assentos de baptismo dos filhos do conquistador' Manuel dos Santos Pedroso, existentes nos livros respectivos de Cachoeira, encontra-se a filiação deste, como no de «Isabel, nascida a 25 de Setembro de 1804, filha do Tenente Manuel dos Santos Pedroso e de Micaela Maria, guarani, neta paterna de Manuel dos Santos Pedroso e de Isabel Maria, china das Missões». 38)

Três anos após a morte do pai, Maneco Pedroso, como era conhecido, sabendo que fora declarada guerra contra os espanhóis, à frente de 20 homens, na maior parte peões de sua própria estância, apresentou-se «voluntàriamente na guarda avançada de S. Pedro ao Capitão de Dragões Comandante Francisco Barreto Pereira Pinto, oferecendo-se para o serviço de guerra». Sendo por este mandado «atacar a guarda fronteira de São Martinho», o executou prontamente «fazendo retirar os espanhóis que ali se achavam». 39) 

Expulsos os inimigos daquele posto, mandou o capitão Barreto ocupar a mesma guarda por um destacamento português. E como Pedroso falasse correntemente o guarani, incumbiu-o ainda o capitão Barreto que, com os mesmos 20 homens de sua partida, seguisse até Missões, para persuadir os índios se revoltassem, tornando-se vassalos portugueses. Indo a vários povos, conseguiu que se manifestassem favoráveis a esse projecto até os próprios corregedores que hipotecaram sua adesão, por cartas, ao Capitão Francisco Barreto.
Terminadas essas diligências, Maneco Pedroso voltou à sua estância, tendo deixado de patrulha na estância de São Pedro, sete de seus companheiros. Aliciando mais gente, quatro dias depois, em princípios de Agosto, voltou à guarda de São Pedro, tendo aí o Capitão Barreto posto sob o seu comando uma partida de 40 homens com a qual deveria auxiliar José Borges do Canto, que marchara para a conquista de Missões.. Ao chegar ali, já Canto, no dia anterior, havia tomado o acampamento espanhol, esperando a capitulação do Tenente de Governador, D. Francisco Rodrigo, que se deu no dia 13 de Agosto. Não sendo necessários os seus serviços, mandou Canto que Maneco Pedroso, com sua gente fosse guarnecer os passos do Rio Uruguai, não só para forçar essa capitulação, como para evitar viessem ao governador recursos que, em carta interceptada do governador geral de Missões, eram prometidos a D. Rodrigo.

Evitou Pedroso fossem enviados esses auxílios, apreendendo algumas carretas carregadas de alfaias da igreja de São Nicolau e géneros dos armazéns que o administrador do Povo pretendera passar para a margem ocidental do Uruguai.
Nesse meio tempo, tendo capitulado, com todas as honras da guerra, e levando consigo «140 espanhóis de armas, 10 peças de artilharia e uma carreta com petrechos de guerra», seguia D. Rodrigo para o Uruguai, tendo-se a ele já incorporado um grande número de espanhóis de outros Povos. Temendo, o que era muito provável, «que este corpo de gente armada chegasse ao Uruguai e se reunisse a outro número de espanhóis, cuja passagem para o lado de cá poderia favorecer, abusando do indulto da mesma capitulação», e que «seríamos obrigados a evacuar as Missões e perdermos o trabalho desta conquista, que tínhamos conseguido com tanta felicidade, visto a pouca gente nossa que então lá havia, diz Maneco Pedroso em sua Memória 40) «me pus em marcha com 20 homens, afim de lhe tomar o armamento e fazê-lo retroceder, o que pratiquei no Povo de São Luís, aonde a encontrei, sem embargo da capitulação, que alegava o mencionado Tenente-de-Governador haver ajustado com o citado José Borges do Canto».
Doeu aos bravos de Canto esse gesto de Pedroso, aliás fundado em justos receios, que vinha quebrar a palavra empenhada «pelo dragão desertor, capitão da conquista». «Esta acção, diz Gabriel Ribeiro, nos foi muito sensível». D. Rodrigo, conduzido prisioneiro até São Miguel, onde já se achava o Sargento-Mor Castro Morais, teve a sua prisão confirmada, «porque quem tinha feito aquela capitulação não eram os oficiais, e por consequência o dito Santos mandava preso para o Rio Pardo ao dito Tenente-Coronel». 41) Dando parte da conquista e levando uma carta de D. Rodrigo para o Governador Cabral da Câmara, seguiu Gabriel Ribeiro para o Rio Grande, onde encontrou já doente o Governador, que faleceu meses depois. Mesmo assim, mandou este «que fosse preso Manuel dos Santos Pedroso pelo insulto feito ao dito D. Francisco, Governador que tinha sido daqueles Povos, o que não se efetuou com a morte do dito Governador, que foi dali a poucos dias; mas antes, depois de ter dado esta ordem, o mesmo Governador o condecorou com o posto de Tenente de Milícias, «conforme proposta de Patrício da Câmara, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados por Maneco Pedroso. 42)

Tomou o Tenente Pedroso a defesa do sector do rio Uruguai, destacando em São Borja, de onde socorria a toda a região, tendo vários encontros com os espanhóis. Numa série sucessiva de combates, ora num, ora noutro ponto da costa e, passando mesmo para a margem oposta, a combater os inimigos. Pedroso até o fim da guerra foi um dos mais fortes elementos para a consolidação da conquista. Terminada a guerra e publicada a 24 de Dezembro a proclamação da paz, voltou à sua estância, entregando-se à criação de gados, em que se tornou abastado. Fora promovido a Capitão de Milícias.

LEIA
[Manuel "Maneco" dos Santos Pedroso]
Fonte: Biblioteca Nacional (Brasil), manuscritos, I-31,26,002
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Na campanha de 1811-1812, já com o posto de Sargento-Mor de Milícias, Manuel dos Santos Pedroso, que organiza uma partida de veteranos da guerra das Missões, põe-se à disposição do Marechal Joaquim Xavier Curado, que comanda as forças brasileiras, e que a 1.º de Janeiro de 1811 se encontra no acampamento de São Diogo, à margem direita do rio Ibirapuitã. Pedroso é designado pelo Comando Geral para fazer parte do corpo do Coronel Francisco das Chagas Santos, que chefia as Missões Orientais, tendo seu quartel-general em São Borja. Da partida de Pedroso fazem parte seu irmão Tenente António dos Santos Pedroso, Manuel Carvalho da Silva e Bento Manuel Ribeiro, então Furriel e depois Marechal do Império, e irmão de Gabriel Ribeiro de Almeida. 43)

A 7 de Agosto acampou Pedroso com a sua força em São Xavier, costa do Quaraí, e 10 dias depois ocupava a praça de Belém, sem grande resistência. Deste posto mandou várias patrulhas assolar o território do inimigo. Bento Manuel, com cinco homens, vai à coxilha do Lunarejo e toma 400 cavalos aos platinos, mas perseguido por força superior, abandona a presa e regressa ao acampamento. António dos Santos, irmão do Sargento-Mor, em 24 de Agosto, segue até as proximidades de Corrientes, onde comete várias depredações, e o Capitão Joaquim Félix da Fonseca, da mesma partida, ocupa Mandizobí.

A 30 de Agosto, o Furriel Bento Manuel e o Ajudante Manuel Carvalho, mandados por Pedroso, atacam a praça de Paisandú, que é heroicamente defendida pelo Capitão Francisco Bicudo, natural do Rio "Pardo, e mestiço de paulista e de índia de Missões.
Levam consigo 55 homens, entre os quais António Padilha, cognominado, pelos chefes, de «Valentão». Contava a praça 200 uruguaios, sob o comando de Bicudo que, depois de uma hora de defesa verdadeiramente heróica, foi morto por Padilha. Perderam os defensores de Paisandú 30 mortos e 30 feridos e a partida de Bento Manuel três mortos e um ferido, apreendendo quatro canhões, 50 clavinas e cavalhada.
Em Setembro, ainda em Belém, manda Pedroso destacamentos seus que atacam Curuzú-quatiá, e que, não obstante uma guarnição argentina de 600 homens, foi tomada, pela segunda vez, pelaforça desse Sargento-Mor. No dia 19 «os 72 homens que ocupam Curuzú-quatiá são atacados por 700 argentinos e dois canhões e entrincheiram-se num forte, onde lutam 1 1/2 hora, repelindo os assaltantes e fazendo-lhes vinte e tantos mortos, com a perda somente de três mortos; os atacantes retiram-se a uma légua de distância da vila. O Major Pedroso, sabendo dessas ocorrências, passa nesta mesma data o rio Uruguai com o Tenente Polycarpo Pires Machado e 50 e tantos homens para socorrer os sitiados, porém no mesmo dia 19 já os encontra de regresso. Com a retirada dos brasileiros a força argentina, reforçada por mais 300 homens, reocupa Curuzú-quatiá». 44)
Pedroso, em 28 de Setembro, ocupa Paissandú, com uma força de 200 homens. Voltando novamente a Belém, deixa aquela praça sob o comando do Tenente-Coronel uruguaio Benito Chain, que a abandona à aproximação de 1.500 argentinos, que a ocupam.

Em 20 de Outubro é assinada uma convenção de paz em Montevidéu, entre o governo argentino e os delegados do Vice-Rei Elio, que declara que o auxílio português fora prestado por solicitação sua. Não concorda, porém, com a convenção, o Conde de Rio Pardo, Comandante em Chefe da forças brasileiras, que ocupa Maldonado.
Entre os oficiais gravemente feridos no ataque de Curuzúquatiá contava-se o Tenente António dos Santos Pedroso, irmão de Maneco Pedroso, que ficou prisioneiro dos argentinos. Quando estes souberam que era irmão do Sargento-Mor, o degolaram em Corrientes. 45)

Vários acontecimentos de vulto, centralizados pela acção de Pedroso transcorrem ainda em 1811. O valente D. José Artigas que, daí em diante, encarnará a alma livre de seu povo, procurando lançar os alicerces de uma Pátria, realiza o êxodo histórico, tentando passar o Uruguai com 1.900 famílias, com que fundará Purificación. No Salto, Pedroso tenta impedir essa passagem, mas diante da superioridade do inimigo retira-se sem combater.

Dias depois, em 19 de Dezembro, Manuel Pinto Carneiro da Fontoura, 46) rio-grandense, ao serviço de Artigas, ataca no Arapeí o Capitão Joaquim Félix da Fonseca, que é socorrido por Pedroso.

Contava Carneiro da Fontoura 952 homens e a força brasileira só dispunha de 190. Situando-se no passo de Itapevi foi aí Pedroso atacado pelos uruguaios que o transpõem depois de duas horas de luta. O Major Pedroso, procurando observar o armistício, parlamentou com os atacantes. Nessa ocasião foi assinada uma convenção em que se estatuía que as forças uruguaias acampassem em Belém, até passarem à outra margem do Uruguai, enquanto as brasileiras se situariam junto ao arroio do Espinilho.

Não obstante essa convenção, foi Pedroso novamente atacado, mas depois de um hora e meia de luta, ficou senhor do campo com a retirada do inimigo, que teve 40 homens mortos. Pedroso teve seis mortos e nove feridos, retirando depois da acção para as cercanias do Jarau, onde estabeleceu o seu quartel.
Destacado ora em um, ora em outro ponto, onde eram exigidas a sua assistência e vigilância, Pedroso esteve muito tempo guarnecendo Paissandú, de onde em Junho de 1812 se retirou fazendo junção com o Coronel Joaquim de Oliveira Álvares, no arroio de Santo António. Publicado o convénio de paz, a que se seguiu o armistício Rademaker, assinado a 26 de Maio de 1812, contra a vontade do D. Diogo de Souza, que não queria reconhecê-lo, por haver aquele emissário, na própria opinião de Dom João VI, exorbitado das ordens que recebera, quando seu exército se preparava para obter decisiva vitória, acatando, no entanto, a deliberação do conselho de oficiais generais, retirou a 13 de Julho. Dividido em duas colunas de observação, as tropas portuguesas foram postar-se parte em Bagé e outra em Conceição.

Terminada a campanha, Manuel dos Santos Pedroso, cujos feitos se tornaram memoráveis, e que foi citado com os maiores louvores em ordens do dia do quartel general do exército, teve a sua promoção a Tenente-Coronel de milícias. Voltando novamente à sua estância de criação, ali estava quando, em 1816, é chamado pelo governador do Rio Grande, marquês de Alegrete, para a campanha levada contra D. José Artigas, de que resultou a incorporação da Cisplatina.

Em fins de 1815, convocado pelo Tenente-General Patrício da Câmara, Pedroso apresta-se para a nova campanha, mobilizando seus veteranos companheiros de milícias que, nas folgas da paz, eram licenciados para entregar-se aos amanhos do campo e da lavoura. Recebe para isto grande cópia de armamento e munições.
É designado para auxiliar imediato o Capitão Gabriel Ribeiro de Almeida que, em princípios de Março de 1816, juntamente com Pedroso, que se encontra em Porto Alegre, recebem ordens do próprio Marquês de Alegrete. Em caminho, quando se dirigia a seu acampamento, contraiu varíola, falecendo poucos dias depois, isto é, em meados de Março de 1816. 47)

Maneco Pedroso não foi casado, mas deixou nove filhos naturais que houvera, em sua estância, de várias índias guaranis, «chinas das Missões», com quem convivera. Constam os respectivos batismos dos livros de Rio Pardo, Cachoeira e Santa Maria.

De Manuela Francisca Noghay, guarani, são filhos: Maria, baptizada em Santa Maria em 10-1-1801, e Maria, em 6-10-806; de mãe incógnita: Manuela, baptizada no Rio Pardo, em 8-7-1801; de Micaela Maria, guarani: Isabel, baptizada em Cachoeira, em 25-9-804; de Maria Simão, guarani: Manuel dos Santos Pedroso, de conhecida descendência no Estado, baptizado em S. Maria em 8-8-806, e outro Manuel baptizado em Cachoeira em 15-7-809; de Tomasia Maria, guarani, as filhas: Maria, baptizada em 10-9-807, Emerenciana, em 15-8-808 e Maria em 15-7-809, todas em Santa Maria. 48)

NOTAS

35) Test. de Manuel dos Santos Pedroso. 1.º Liv. de óbitos de Cachoeira. (1779-1826) Cam. Ecl. do Bisp. de Santa Maria.
36) Diário Resumido. Dr. José de Saldanha. 147, Diário Geral. cit.
37) Test. Cit. 1.º L. de óbitos de Cachoeira.
38) 2.º Liv. de baptismos de Cachoeira. (1799-1810) Bisp. S. Maria.
39) Memórias de M. dos Santos Pedroso. B. N. I, 31, 26, 2, n9 3.
40) Memória, cit. B. N. — I, 37, 2, n< 3' Arq. Nac. Corresp. Gov.
41) Memória, cit. Gabriel Ribeiro de Almeida. Rev. Inst. H. Bras. Vol. V.
42) Idem, ibidem.
43) Seguimos no relato dos acontecimentos da campanha a documentação publicada pela Rev. do Arq. Públ. do Rio Grande do Sul. (24 volumes). Celso Schroeder, operoso pesquisador rio-grandense, servindo-se dos mesmos elementos, assina interessantes efemérides dessa campanha, que facilitam a pesquisa. Celso Schroder. A Campanha do Uruguai. (1811-1812) Rev. Inst. Hist. R. G. Sul. Ano XIV. 1° Trim. 1934, pág. 115
44) Celso Schroeder. Campanha, cit.
45) Rev. Arq. Públ. R. G. do Sul. Vol. 19, pág. 94.
46) O Capitão Manuel Pinto Carneiro da Fontoura nasceu no Triunfo, em 20 de Setembro de 1771, sendo filho legítimo do Capitão Miguel Pedroso Leite, natural de São Paulo, um dos quatro Capitães paulistas da leva de 1762, e de Inocência Pereira Pinto, filha legítima do Coronel Francisco Barreto Pereira Pinto, Comandante do Rio Pardo. Grande amigo e compadre do chefe dos Orientais, Manuel Pinto combateu sob suas ordens, comandando uma coluna de orientais em que havia grande número de riograndenses, entrando em vários combates, entre os quais o acima referido. Mais tarde deshouve-se com Artigas, de cujo exército era Tenente-Coronel. e foi degolado, por ordem do chefe dos Orientais, a 22 de Fevereiro de 1814. Era casado com Ana Joaquim de Jesus, natural de Santa Catarina e deixou uma filha de nome Inocência, nascida no Rio Pardo a 2 de Março de 1802.
47) Em Efemérides Brasileiras, pelo Barão do Rio Branco, ed. Revista pelo prof. Basílio de Magalhães, Rio, 1938, registra-se a morte de Pedroso a 5 de Abril de 1816. Em nota manuscrita do punho do próprio Rio Branco, em poder do erudito mestre Dr. Rodolfo Garcia, consta que o falecimento se deu em 26 de Abril. A carta acima referida de Gabriel Ribeiro a Patrício (Arq. Públ. R. G. do Sul, pasta 1816), é datada da freguesia da Cachoeira em 24 de Março desse ano. Diz Gabriel que "marchei de Porto Alegre a servir na partida de que era Comandante o falecido Tenente-Coronel Manuel dos Santos, e por vir por outro caminho diferente do que ele seguiu, nesta freguesia é que vim a saber de seu falecimento". Pode-se, assim retificar as datas acima.
48) Cam. Ecl. do bispado de Santa Maria. 2" Livro de baptismos de Cachoeira (1799-1810)."


Transcrito de:
- Aurélio Porto, História das Missões Orientais do Uruguai, 2.ª edição revista e melhorada pelo padre Luís Gonzaga Jaeger, S.J. SEGUNDA PARTE, Selbach & Cia., Porto Alegre, 1954. (Coleção JESUÍTAS NO SUL DO BRASIL, VOLUME IV).  - pp. 293-301.

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